quinta-feira, 16 de abril de 2009

Do meu senso poético


O time do coração, aquele amor de verão, o bilhete escrito a mão.

A lembrança mais bonita, de sua mãe, a fita, o velho vestido de chita.

O namorado enjoado, um relógio quebrado, um lencinho bordado.

Frases feitas nunca ditas, rimas soltas eruditas, as taças de Marguerita.

                                                                         

Desapegue-se.

domingo, 8 de março de 2009

Dos sonhos que se perdem


E ele disse que não ia tocar mais nas próximas décadas. E que ia ser um advogado brilhante e ficaria rico com isso. Mas um advogado brilhante não é um astro do rock. 

Ele disse que não ia tocar mais nas próximas décadas...ele disse...


Não consigo parar de pensar nisso. Será que eu sou quem achei que seria aos 14 anos? E será que aos 50 eu vou ter sido quem eu quero ser hoje? Será que vou abrir mão dos meus ideais por praticidade? Será que já não abro a cada dia?

Eu acredito que sonhos não são mutáveis. Apenas são esquecidos. Se você queria ser bailarina aos cinco anos, aos setenta vai querer ter sido bailarina. E acho que a sensação mais desesperadora do mundo deve ser perceber que não se tem mais tempo. Que não se pode mais nada.

É claro que as coisas mudam. Eu queria mudar o mundo. Achava que faria isso com a cara pintada e arma em punho. Hoje eu quero abrir uma escola. 

Eu queria ser digna de ser ouvida e ter meu espaço no mundo. Pensava que só porque tinha dezessete anos e algumas espinhas eu teria esse direito. Hoje eu aprimoro minha cultura, que me dá base para argumentar sobre o que me interessa.

Eu queria ter 10 filhos. Mas já estou me contentando com 2 e alguns afilhados.

Enfim, o que eu quero dizer, é que os sonhos podem ser trabalhados para serem concretizados de outras formas. Mas de maneira alguma podem ser esquecidos. Não acho que ninguém queira carregar a culpa de não ter sido feliz por completo.




Não acho que ele possa parar de tocar...

terça-feira, 3 de março de 2009

As cinzas antes da quarta-feira


Que o Carnaval carioca nunca foi exemplo de honestidade e imparcialidade em seus julgamentos, todo mundo já sabe. É só reparar na enormidade de títulos que a Portela teve enquanto Natal era vivo, e a discrepância de depois da sua morte.

Mas até aí tudo bem. O Rio sempre foi metido a malandro, a esperto. Sempre teve sua máfia de bicheiros por trás e sempre viveu bem assim. O problema, ao meu ver, se dá quando se perde o respeito.

A malandragem foi embora e resumiu tudo ao dinheiro puro e simples. Não há mais política, não há mais influência. Há dinheiro. Ou falta dele.

É angustiante ver a Mangueira mal acabada e maltrapilha entrando na avenida depois de estourarem os quartéis generais do tráfico em janeiro. E deprimente ver a Mocidade lutando pra não cair a cada ano, depois da morte do Castor.

Chega a ser ridículo ver a Beija-Flor, que ganhou vários carnavais duvidosos nos últimos anos perdendo pontos absurdos só porque Sr. Anísio não estava por perto. Claro, eu gostei. Acho que a maioria gostou. Mas que grande parte deles foi injusto, foi. Tá, o Lula ajudou com sua aura azarenta... Foi o Corinthians, o Vasco, agora a Beija... vejamos quem ele vai agourar na próxima vez...

Enfim, será que o respeito outrora conseguido não vale de nada? Será que os critérios cariocas deixaram de ser apenas à margem da lei pra se tornar à margem da dignadade? Estamos mesmo caminhando pro fim da humanidade... até o que sempre foi desonesto consegue piorar.

Em tempo, o Salgueiro, grande campeão deste ano não foi citado devido a minha falta de parâmetro sobre ele. Será que dona Regina seria a contramão de tudo isso que eu escrevi? Será que teria sido dado a ela , justamente a ela, esse tal ¨troféu político¨ devido a história de vida dela, e bla bla bla? Ou será que o Salgueiro apenas mereceu e todo o resto não passa de teoria conspiratória?

Vai saber...

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Blogosfera 666

E tudo começou com um meme. E eu tinha que responder seis coisas aleatórias sobre mim, linkar a pessoa que me indicou (ha-ha), acender uma vela na encruzilhada, pular sete ondinhas e blá blá blá. Isso tudo pra ser merecedora de contar mais seis coisas sobre minha pessoa, coisa que eu já faço a cada postagem. E pra que isso? Só pra ter mais um selo com um link escondido aparecendo em algum lugar....

Isso me fez pensar no assunto, e resgatar velhos preconceitos. Depois desse tempo todo sem postar no blog, confesso que tinha perdido o rebolado e hoje, me encontro sem saber exatamente como lidar com determinadas situações. Tenho vontade de explodir comentários imbecis, pessoas que postam vídeos engraçados, ¨blogueiros¨ que pedem parceria, e todo o tipo de futilidade criativa que rola na blogosfera.

Não tenho nada contra quem ganha dinheiro com blog. Eu, pessoalmente, não limitaria meus pensamentos a um determinado público específico clicador de propaganda, mas não critico quem faz. Cada um na sua. O problema se dá quando essa vontade de faturar faz as pessoas perderem o bom senso e transformarem a comunidade blogueira na maior reunião de egoístas presente na internet.

Ninguém se preocupa com conteúdo, ninguém se preocupa nem em fingir ler, ninguém se preocupa em ser no mínimo, educado. E eu, to cansada. Cansada de ser política, cansada de tentar entender que cada um escreve da sua maneira, cansada de me preocupar em responder comentários, cansada de explicar que eu não troco links, cansada de ouvir que eu podia inovar no layout, enfim, cansada.

Desde o meu segundo ou terceiro post entendi o que era um blog popular, e entendi que eu nunca faria parte disso tudo. E não é isso que faz falta. Faz falta um mínimo de respeito. Pros poucos que valem a pena, obrigada por serem um estímulo para escrever, mesmo com toda essa corja em volta.

Pro resto, que morram todos devorados por joaninhas assassinas. E tenho dito.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Da tristeza e seu espaço

 SERÁ QUE FAZ DIFERENÇA? OU SERÁ QUE AS PESSOAS APENAS OLHAM O SELO ALI E NÃO LÊEM MAIS NADA?!  ¬¬ MAIS QUE MERDA!!!

Sentir-se feliz é uma vitória. Expor isso, muitas vezes, uma indelicadeza. Principalmente por aqui. Não sei quem foi o emo e/ou gótico que inventou que a tristeza é mais poética e bonita que a felicidade. Mas que isso virou verdade por aí na cabeça de muitos, virou.

Bom, eu não estou com muita paciência pra mudar o mundo e nem quebrar regras esses dias. Logo, agora que a felicidade passou, tá aí o post novo. Ninguém vai precisar me chamar de exibicionista, ninguém vai achar que estou querendo passar por cima de ninguém.


Compartilho hoje minha tristeza. A felicidade, guardei pra mim, como todos esperam que seja.

Em tempo... As Avassaladoras me mandaram um selo um tanto quanto incoerente com esse post... diz o selo, que esse blog ainda vai mudar o mundo com suas idéias. Fico grata e honrada, apesar de estar me sentindo fraca para tanto... pelo menos por hoje.  

E pra repassar... eu não sei quem vai ou não mudar o mundo, mas eu sei quem muda a minha vida.


Eu sei que o Marco muda diariamente, com conversas, conselhos, apoios, e um tanto de poesia.

A Mari muda sempre, pelo simples fato de ser quem eu imaginei que seria... praticamente meu eu paralelo. 

E o Léo, que além de tudo, mudou comigo. Sempre esteve nas discussões de boteco, nos embates filosóficos e na hora do silêncio.

É isso... 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Aquele papo de selo...


Olá, pessoas!

Hoje a Nat do Garota Pendurada me mandou um selinho gracinha e eu tenho que publicar umas coisas aqui. Fiquei toda boba, primeiro selinho que recebo depois da minha volta... Brigadão, Nat!

Então, vamos partir para a parte burocrática da coisa...

Regras:
1- Exiba a imagem do selo “Olha Que Blog Maneiro”.
2- Poste o link do blog que te indicou.
3- Indique 10 blogs de sua preferência.
4- Avise seus indicados.
5- Publique as regras.
6- Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.
7- Envie sua foto ou de um(a) amigo(a) para olhaquemaneiro@gmail.com juntamente com os 10 links dos blogs indicados para verificação. Caso os blogs tenham repassado o selo e as regras corretamente, dentro de alguns dias você receberá 1 caricatura em P&B.
8- Só vale se todas as regras acima forem seguidas.

Então... sem mais delongas, eis aí os blogs que eu vou repassar...

Marco S/A

Minha Terapeuta está de Férias

Metendo o Bedelho

Dos crimes, bordados e vaidades

Avassaladoras Rio

Xô perereca (sumida boba feia chata)

O que quero??

Tá... olha eu quebrando as regras... bom, eu só tenho acompanhado esses, então é isso aí mesmo. Tá bom já, né? Dá um desconto, galera, eu to voltando agora... =]



Em tempo...  trocentos meses atrás a
Carlinha me repassou uns selinhos aí que eu não postei até hoje... bom, antes tarde do que nunca, os selinhos serão postados hoje. Não vou repassar porque já faz tanto tempo... mas eu adorei, viu? É que eu tava longe daqui mesmo... =P

Por hoje é só, pessoal!

o/



quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Confiança se conquista. Mas como?

Estava pra escrever sobre isso desde meados do ano passado, mas ainda não havia chegado a conclusão nenhuma e vinha protelando o assunto. Até que hoje, descobri que respostas não vão invadir meu apartamento, e resolvi compartilhar minhas dúvidas.

Um belo dia, estava eu passeando pela internet quando piscou a janelinha do msn. [äM]* (notem que foi ano passado mesmo... esse ano o trema não está mais presente no tal nick) dizia: qual o critério que você usa para confiar ou não em alguém? 

Justo eu, com pensamentos tão poéticos... tentei falar que as pessoas se mostram pelo tom de voz, pelo movimento das sobrancelhas e a altura do riso. O caráter se firma no toque de pele e na expressão da despedida. A verdade aparece numa lágrima e num olhar vago, diante do nascer do sol. Mas não foi suficiente para a senhorita [äM]*, que me rebateu com a pergunta: ok, mas e alguém que você conhece pela internet?

Bom, eu realmente não faço idéia. Aliás, acho eu que os relacionamentos virtuais estão saindo de controle de uma forma tal, que ninguém mais faz. 

De um lado, temos pessoas que conhecem alguém num barzinho e demoram 6 meses até convidar esse alguém pra ir em sua casa, mas marcam encontros com o primeiro que conhecem no orkut. De outro, pessoas que não respondem e mails de amigos de infância com medo de falar com um fake de um assassino serial, que acabaou de aniquilar seu amiguinho e quer que você seja a próxima vítima.

Ainda não consegui estabelecer um padrão de comportamento de pessoas que se conhecem virtualmente, tampouco meus próprios parâmetros. Como contratar o Ibope sai caro e nem é tão funcional, pergunto pra vocês.

Qual o critério que vocês usam para confiar em alguém?

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Voltei. De novo.

As estatísticas ficam por aí gritando que tantos por cento de blogues acabam no primeiro ano. Acho que esse foi o único motivo que me fez voltar a postar. Odeio estatísticas. Eu me recuso a ser apenas um número.


Aliás, não gosto de nada que tenha a pretensão de entender a complexidade de um ser humano em comparação com qualquer outro. A individualidade de cada um tem que ser levada em conta. Ou não?

Pensemos:


Eu. Eu faço parte do grupo de mulheres, desempregadas, solteiras e sem filhos. Mas peraí! Desempregada é um termo forte demais... eu apenas não tenho um emprego. Mas não estou procurando... quem disse que eu quero trabalhar? E esse negócio de solteira é complicado. Se meu namorado lê isso, é capaz de ficar magoado... então quatro anos juntos e muitos planos não representam nada para as estatísticas?


Sou branca, estudante, votei no Gabeira e sou fumante. E quem disse que os meus motivos pra votar no Gabeira são os mesmos dos outros tantos estudantes? Vai ver eu apenas encontrei com ele num boteco e ele me pagou uma cerveja. Alguém sabe das minhas convicções políticas, por acaso? E fumante não, por favor. Eu estou parando.


Sou carioca, umbandista e assisto BBB quase sempre. Não, eu não vou a praia. Nem ouço funk. Muito menos sou desfavorecida intelectualmente. Aliás, estudei numa ótima escola, leio livros e ouço MPB, bossa nova, e coisas boas em geral. Pessoas esclarecidas também são umbandistas. E algumas delas, assistem BBB. Acreditem.
Resumo da ópera: voltei. E ainda não estou tolerante a críticas.
Oi, queridos!