segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Querido Papai Noel,

Tudo bom com você?

Eu estou escrevendo depois do natal, eu sei. Bom, imagino que você não receba muitas cartas nessa época, então é mais fácil ler a minha. Eu venho escrevendo nos últimos 3 anos e você não apareceu, mas eu sei que não foi por mal. Os correios nem sempre sobem aqui para buscar as cartas, e além do mais, ano passado, por exemplo, não estava muito seguro voar por aqui.

Mas agora está tudo mais calmo e você não tem mais tanto trabalho. Então, vamos à minha cartinha.

Eu fui um bom menino o ano todo. Cuidei dos meus irmãos, me formei na 3a série sem nem prova final! A tia disse que foram as melhores notas da turma. Mais da metade da minha sala desistiu depois daquela semana que a escola foi invadida, o senhor ficou sabendo? Mas eu continuei até terminar.

Eu cuidei dos meus irmãos todo dia quando a mãe foi trabalhar. Aliás, a mãe também tá feliz comigo. Eu não falei mais daquele assunto com ela. As vezes, eu vejo um moço na rua, acho que ele parece comigo e penso: será que é ele? - mas não falo mais. Não sei porque, mas ela ficava muito chateada.

Eu fui à missa quase todo domingo. Não deu pra ir em todo, porque domingo que tinha jogo importante, eu ia vender umas bandeiras lá perto do Maracanã. Minha mãe diz que se não fosse por isso, a Thayssa tinha morrido daquela febre esquisita que ela tinha e o hospital não dava remédio. Mas a mãe conseguiu comprar.

Eu não briguei com os outros meninos e tomei banho todos os dias. Menos 2. Mas todos os outros, juro.

Bom, eu acho que eu mereço um presente esse ano, né? O Wesley disse que você não existe. Mas eu sei que é mentira. E que você é muito bonzinho e vai me trazer o presente esse ano.

Se você for amigo do Jesus, fala que eu mandei os parabéns pra ele, tá?



Ah! Já ia me esquecendo! Eu quero de presente um panetone. Mas eu prometo que vou dividir com a mãe e os irmãos, tá?


Um beijo! Te amo, Papai Noel.

Wellington

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Da política


Acabaram as eleições e parece que ninguém mais vai falar de política até as próximas. Na internet onde tudo é instantâneo e qualquer assunto fica ultrapassado em questão de horas principalmente. Não eu.

Eu tenho a péssima mania de esperar que as pessoas ultrapassem o trivial e me surpreendam. Geralmente não funciona, mas vamos tentar.

Você aí que votou no Tiririca - apenas um comentário: quem nada promete, nada precisa cumprir. E ninguém tem o direito de reclamar. Isso mesmo, nem reclamar você pode. Recolha-se a sua desprezível existência e vá ler um livro.

Você aí que votou na Dilma - espero de coração que você seja um esfomeado necessitado de esmolas governamentais. Que você não sonhe com medidas a longo prazo e desenvolvimento sustentável, não só no sentido ambiental como social e humano também. Que já tenha entrado em alguma escola pública e visto de perto o nível de deseducação das nossas crianças. E que saiba o que é Populismo.

Você aí que votou no Serra - você com certeza está ciente do seu histórico de contenção de despesas. Claro que você sabe que muito provavelmente os concursos públicos diminuiriam, teríamos menos pessoas empregadas, maior procura que oferta de empregos, derrubando os salários etcétera etcétera etcétera.

Você aí, seja quem for - sua memória pode durar mais que 2 meses, juro. Um mínimo de consciência política não mata, não engorda e não ocupa espaço.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A arte de envelhecer...


Acho engraçado o pânico que o mundo tem de envelhecer. As pessoas se esticam, se enfeitam, mentem a idade, juram de pé junto que aquele não é o oitavo aniversário de 59 anos que você está indo... Fingem que são uma coisa que não são, e acabam não sendo coisa alguma. Ficam estatelados ali, entre uma fase e outra, esperando uma máquina do tempo ou um remédio milagroso que faça se perder tudo o que foi conquistado em tantos anos.

Envelhecer é uma arte, e ser idoso é uma experiência que todos deveriam se permitir. Todos deveriam se entregar de corpo e alma, sem preconceitos e barreiras e aproveitar o que só essa fase da vida pode proporcionar.

Os filhos criados, a aposentadoria, a necessidade de menos horas de sono e o total descompromisso com a sociedade. O que pode parecer mais perfeito?

Quando se tem 60, 70 anos, o mundo não espera mais absolutamente nada de você. Nada. Qualquer desejo incontrolável seu pode ser atribuído a falta de sanidade que julgam que a idade traz.

Sendo assim, se você quiser tatuar o Ben 10 na sua testa pra agradar seu netinho, vá em frente. E pinte os cabelos de verde para combinar. Caso a sua neta fique enciumada, vista-se de Barbie.

Mas você pode não gostar de crianças, e esse é o momento certo para colocar esse sentimento pra fora. Você não precisa mais fingir. Você pode dizer que é uma bruxa malvada e fazer pequenas crueldades psicológicas com todas as crianças do prédio. Não se preocupe, todos vão entender.

Você pode falar mal dos outros, pode assitir novela ou pode virar hippie ou punk. Você não deve mais nada pra sociedade. Nada mesmo. É a hora de relaxar e aproveitar a pessoa que você sempre achou que era, mas ainda não tinha tido oportunidade para confirmar...

É hora de ser você. Seja lá quem você for.

sábado, 13 de março de 2010

Fugacidade. Ou não.


Não, as coisas não precisam passar. Um momento só é apenas isso se a gente quiser que assim seja.
No mais, se meu maço de cigarros pode durar dois dias, meus amores também podem durar para sempre.

Eu ainda gosto de bolinhos de chuva...
Ainda tenho medo de fogos de artifício...
Ainda sorrio vendo Tom e Jerry...


E sim, eu ainda tenho um blog.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Do meu senso poético


O time do coração, aquele amor de verão, o bilhete escrito a mão.

A lembrança mais bonita, de sua mãe, a fita, o velho vestido de chita.

O namorado enjoado, um relógio quebrado, um lencinho bordado.

Frases feitas nunca ditas, rimas soltas eruditas, as taças de Marguerita.

                                                                         

Desapegue-se.

domingo, 8 de março de 2009

Dos sonhos que se perdem


E ele disse que não ia tocar mais nas próximas décadas. E que ia ser um advogado brilhante e ficaria rico com isso. Mas um advogado brilhante não é um astro do rock. 

Ele disse que não ia tocar mais nas próximas décadas...ele disse...


Não consigo parar de pensar nisso. Será que eu sou quem achei que seria aos 14 anos? E será que aos 50 eu vou ter sido quem eu quero ser hoje? Será que vou abrir mão dos meus ideais por praticidade? Será que já não abro a cada dia?

Eu acredito que sonhos não são mutáveis. Apenas são esquecidos. Se você queria ser bailarina aos cinco anos, aos setenta vai querer ter sido bailarina. E acho que a sensação mais desesperadora do mundo deve ser perceber que não se tem mais tempo. Que não se pode mais nada.

É claro que as coisas mudam. Eu queria mudar o mundo. Achava que faria isso com a cara pintada e arma em punho. Hoje eu quero abrir uma escola. 

Eu queria ser digna de ser ouvida e ter meu espaço no mundo. Pensava que só porque tinha dezessete anos e algumas espinhas eu teria esse direito. Hoje eu aprimoro minha cultura, que me dá base para argumentar sobre o que me interessa.

Eu queria ter 10 filhos. Mas já estou me contentando com 2 e alguns afilhados.

Enfim, o que eu quero dizer, é que os sonhos podem ser trabalhados para serem concretizados de outras formas. Mas de maneira alguma podem ser esquecidos. Não acho que ninguém queira carregar a culpa de não ter sido feliz por completo.




Não acho que ele possa parar de tocar...

terça-feira, 3 de março de 2009

As cinzas antes da quarta-feira


Que o Carnaval carioca nunca foi exemplo de honestidade e imparcialidade em seus julgamentos, todo mundo já sabe. É só reparar na enormidade de títulos que a Portela teve enquanto Natal era vivo, e a discrepância de depois da sua morte.

Mas até aí tudo bem. O Rio sempre foi metido a malandro, a esperto. Sempre teve sua máfia de bicheiros por trás e sempre viveu bem assim. O problema, ao meu ver, se dá quando se perde o respeito.

A malandragem foi embora e resumiu tudo ao dinheiro puro e simples. Não há mais política, não há mais influência. Há dinheiro. Ou falta dele.

É angustiante ver a Mangueira mal acabada e maltrapilha entrando na avenida depois de estourarem os quartéis generais do tráfico em janeiro. E deprimente ver a Mocidade lutando pra não cair a cada ano, depois da morte do Castor.

Chega a ser ridículo ver a Beija-Flor, que ganhou vários carnavais duvidosos nos últimos anos perdendo pontos absurdos só porque Sr. Anísio não estava por perto. Claro, eu gostei. Acho que a maioria gostou. Mas que grande parte deles foi injusto, foi. Tá, o Lula ajudou com sua aura azarenta... Foi o Corinthians, o Vasco, agora a Beija... vejamos quem ele vai agourar na próxima vez...

Enfim, será que o respeito outrora conseguido não vale de nada? Será que os critérios cariocas deixaram de ser apenas à margem da lei pra se tornar à margem da dignadade? Estamos mesmo caminhando pro fim da humanidade... até o que sempre foi desonesto consegue piorar.

Em tempo, o Salgueiro, grande campeão deste ano não foi citado devido a minha falta de parâmetro sobre ele. Será que dona Regina seria a contramão de tudo isso que eu escrevi? Será que teria sido dado a ela , justamente a ela, esse tal ¨troféu político¨ devido a história de vida dela, e bla bla bla? Ou será que o Salgueiro apenas mereceu e todo o resto não passa de teoria conspiratória?

Vai saber...

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Blogosfera 666

E tudo começou com um meme. E eu tinha que responder seis coisas aleatórias sobre mim, linkar a pessoa que me indicou (ha-ha), acender uma vela na encruzilhada, pular sete ondinhas e blá blá blá. Isso tudo pra ser merecedora de contar mais seis coisas sobre minha pessoa, coisa que eu já faço a cada postagem. E pra que isso? Só pra ter mais um selo com um link escondido aparecendo em algum lugar....

Isso me fez pensar no assunto, e resgatar velhos preconceitos. Depois desse tempo todo sem postar no blog, confesso que tinha perdido o rebolado e hoje, me encontro sem saber exatamente como lidar com determinadas situações. Tenho vontade de explodir comentários imbecis, pessoas que postam vídeos engraçados, ¨blogueiros¨ que pedem parceria, e todo o tipo de futilidade criativa que rola na blogosfera.

Não tenho nada contra quem ganha dinheiro com blog. Eu, pessoalmente, não limitaria meus pensamentos a um determinado público específico clicador de propaganda, mas não critico quem faz. Cada um na sua. O problema se dá quando essa vontade de faturar faz as pessoas perderem o bom senso e transformarem a comunidade blogueira na maior reunião de egoístas presente na internet.

Ninguém se preocupa com conteúdo, ninguém se preocupa nem em fingir ler, ninguém se preocupa em ser no mínimo, educado. E eu, to cansada. Cansada de ser política, cansada de tentar entender que cada um escreve da sua maneira, cansada de me preocupar em responder comentários, cansada de explicar que eu não troco links, cansada de ouvir que eu podia inovar no layout, enfim, cansada.

Desde o meu segundo ou terceiro post entendi o que era um blog popular, e entendi que eu nunca faria parte disso tudo. E não é isso que faz falta. Faz falta um mínimo de respeito. Pros poucos que valem a pena, obrigada por serem um estímulo para escrever, mesmo com toda essa corja em volta.

Pro resto, que morram todos devorados por joaninhas assassinas. E tenho dito.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Da tristeza e seu espaço

 SERÁ QUE FAZ DIFERENÇA? OU SERÁ QUE AS PESSOAS APENAS OLHAM O SELO ALI E NÃO LÊEM MAIS NADA?!  ¬¬ MAIS QUE MERDA!!!

Sentir-se feliz é uma vitória. Expor isso, muitas vezes, uma indelicadeza. Principalmente por aqui. Não sei quem foi o emo e/ou gótico que inventou que a tristeza é mais poética e bonita que a felicidade. Mas que isso virou verdade por aí na cabeça de muitos, virou.

Bom, eu não estou com muita paciência pra mudar o mundo e nem quebrar regras esses dias. Logo, agora que a felicidade passou, tá aí o post novo. Ninguém vai precisar me chamar de exibicionista, ninguém vai achar que estou querendo passar por cima de ninguém.


Compartilho hoje minha tristeza. A felicidade, guardei pra mim, como todos esperam que seja.

Em tempo... As Avassaladoras me mandaram um selo um tanto quanto incoerente com esse post... diz o selo, que esse blog ainda vai mudar o mundo com suas idéias. Fico grata e honrada, apesar de estar me sentindo fraca para tanto... pelo menos por hoje.  

E pra repassar... eu não sei quem vai ou não mudar o mundo, mas eu sei quem muda a minha vida.


Eu sei que o Marco muda diariamente, com conversas, conselhos, apoios, e um tanto de poesia.

A Mari muda sempre, pelo simples fato de ser quem eu imaginei que seria... praticamente meu eu paralelo. 

E o Léo, que além de tudo, mudou comigo. Sempre esteve nas discussões de boteco, nos embates filosóficos e na hora do silêncio.

É isso... 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Aquele papo de selo...


Olá, pessoas!

Hoje a Nat do Garota Pendurada me mandou um selinho gracinha e eu tenho que publicar umas coisas aqui. Fiquei toda boba, primeiro selinho que recebo depois da minha volta... Brigadão, Nat!

Então, vamos partir para a parte burocrática da coisa...

Regras:
1- Exiba a imagem do selo “Olha Que Blog Maneiro”.
2- Poste o link do blog que te indicou.
3- Indique 10 blogs de sua preferência.
4- Avise seus indicados.
5- Publique as regras.
6- Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.
7- Envie sua foto ou de um(a) amigo(a) para olhaquemaneiro@gmail.com juntamente com os 10 links dos blogs indicados para verificação. Caso os blogs tenham repassado o selo e as regras corretamente, dentro de alguns dias você receberá 1 caricatura em P&B.
8- Só vale se todas as regras acima forem seguidas.

Então... sem mais delongas, eis aí os blogs que eu vou repassar...

Marco S/A

Minha Terapeuta está de Férias

Metendo o Bedelho

Dos crimes, bordados e vaidades

Avassaladoras Rio

Xô perereca (sumida boba feia chata)

O que quero??

Tá... olha eu quebrando as regras... bom, eu só tenho acompanhado esses, então é isso aí mesmo. Tá bom já, né? Dá um desconto, galera, eu to voltando agora... =]



Em tempo...  trocentos meses atrás a
Carlinha me repassou uns selinhos aí que eu não postei até hoje... bom, antes tarde do que nunca, os selinhos serão postados hoje. Não vou repassar porque já faz tanto tempo... mas eu adorei, viu? É que eu tava longe daqui mesmo... =P

Por hoje é só, pessoal!

o/